Bromeliaceae

Quesnelia liboniana (De Jongle) Mez

NT, quase chegando à VU

EOO:

6.241,348 Km2

AOO:

280,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Espécie endêmica do Brasil (Oliveira e Tardivo, 2023), com distribuição: no estado do Rio de Janeiro — nos municípios Cachoeiras de Macacu, Duque de Caxias, Guapimirim, Macaé, Magé, Miguel Pereira, Niterói, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Petrópolis, Rio de Janeiro, Silva Jardim e Teresópolis.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2023
Avaliador: Fernanda Ribeiro de Mello Fraga
Revisor:
Critério: B1b(i,ii,iii)+2b(i,ii,iii)
Categoria: NT, quase chegando à VU
Justificativa:

A espécie é escrita como erva, hermafrodita, sem usos ou potencial econômico. É endêmica do estado do Rio de Janeiro, onde ocorre num total de 12 municípios. Ocorre na Mata Atlântica, em Floresta Estacional Perenifólia. Devido a ausência de estudos sobre tendências populacionais e análises quantitativas, a espécie pode ser avaliada apenas pelo critério B (distribuição geográfica). Atualmente apresenta 134 registros de ocorrência, distribuídos numa extensão de ocorrência (EOO) igual a 5456 km², ocupando uma área (AOO) de 264 km². A conversão de habitat em áreas de pastagem, principal ameaça para a espécie, foi registrada nos municípios de Cachoeiras de Macacu (RJ), Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Macaé (RJ), Magé (RJ), Miguel Pereira (RJ), Nova Friburgo (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Silva Jardim (RJ) e Teresópolis (RJ), onde se observa o declínio contínuo de qualidade de habitat, além de uma conversão de 5,30% da AOO e 11,53% da EOO em áreas de mosaicos de agricultura e pastagem. De acordo com as ocorrências atualmente registradas, a espécie ocorre em 3 localizações sujeitas à situações de ameaça plausíveis, além de ocorrer em 8 localidades inseridas em unidades de conservação em que a visitação é permitida e intensa, e em outras 2 localidades inseridas em unidades de proteção integral, sem acesso permitido. Infere-se, então, um total de 11 a 13 localizações (superior a 10). Embora a espécie se enquadre nos limiares de AOO e EOO na categoria VU e satisfaça o subcritério de declínio contínuo de qualidade de habitat, extensão de ocorrência e área de ocupação, a espécie não preenche o subcritério a. No entanto, a espécie possui distribuição restrita e ocupa uma área bastante inferior aos limiares da categoria Ameaçada (EN), mesmo após ter sido objeto de estudos revisionais e de possuir um número considerável de registros de sua ocorrência. Por isso, mesmo que o risco de extinção dilua-se em um número considerável de localidades, avalia-se a espécie como pertencente a categoria Quase Ameaçada (NT).

Possivelmente extinta? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: Bot. Arch. 1: 66, 1922.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido valor econômico da espécie.

População:

Flutuação extrema: Desconhecido
Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: epiphytic, rupicolous, terrestrial
Forma de vida: herb
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Estacional Perenifólia
Habitats: 1.5 Subtropical/Tropical Dry Forest
Detalhes: Erva com 30-100 cm de altura (Oliveira e Tardivo, 2023). Ocorre no seguinte domínio e vegetação: Mata Atlântica em Floresta Estacional Perenifólia (Oliveira e Tardivo, 2023).
Referências:
  1. Oliveira, F.M.C., Tardivo, R.C., 2023. Quesnelia. Flora e Funga do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL https://floradobrasil.jbrj.gov.br/FB6345 (acesso em 02 de fevereiro de 2023)

Reprodução:

Fenologia: flowering (Jan~Dec), fruiting (Aug~Jan)

Ameaças (5):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat,occupancy,occurrence past,present,future regional high
De acordo com o MapBiomas, os municípios Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Magé (RJ), Niterói (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ) e Rio de Janeiro (RJ) possuem, respectivamente, 31,77% (14847,51ha), 5,57% (1996,61ha), 16,26% (6354,03ha), 52,28% (6992,7ha), 25,05% (13041,85ha), 6,19% (4898,19ha) e 55,67% (66823,85ha) de seus territórios convertidos em áreas de infraestrutura urbana, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). Em 2020, a espécie apresentava 8,84% (2.440,29 ha) da sua AOO convertidos em áreas de infraestrutura urbana, atividade que cresce a uma taxa de 0,10% aa desde 1985 até 2020. Não foi verificada qualquer reversão de tendência. Em 2020, a espécie apresentava 18,75% (102.288,66 ha) da sua EOO convertidos em áreas de infraestrutura urbana, atividade que cresce a uma taxa de 0,24% aa desde 1985 até 2020. Não foi verificada qualquer reversão de tendência (MapBiomas, 2022b).
Referências:
  1. MapBiomas, 2022a. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2020. Municípios: Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Magé (RJ), Niterói (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ) e Rio de Janeiro (RJ). URL https://drive.google.com/file/d/1RT7J2jS6LKyISM49ctfRO31ynJZXX_TY/view?usp=sharing (acesso em 14 de fevereiro de 2023).
  2. MapBiomas, 2022b. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 1985 e 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 14 de fevereiro de 2023).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.1.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat,occupancy,occurrence past,present,future regional low
Em 2020, a espécie apresentava 5,30% (1.463,05 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,06% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2010 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 1,10% aa. Em 2020, a espécie apresentava 11,53% (62.888,32 ha) da sua EOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,28% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2008 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,53% aa (MapBiomas, 2022).
Referências:
  1. MapBiomas, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 1985 e 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 14 de fevereiro de 2023).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded past,present,future regional medium
De acordo com o Atlas das Pastagens Brasileiras, os municípios Cachoeiras de Macacu (RJ), Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Macaé (RJ), Magé (RJ), Miguel Pereira (RJ), Nova Friburgo (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Silva Jardim (RJ) e Teresópolis (RJ) possuem, respectivamente, 24,16% (23062,87ha), 13,58% (6348,02ha), 24% (8603,63ha), 45,14% (54932,52ha), 13,97% (5458,3ha), 29,28% (8431,14ha), 10,48% (9807ha), 17,98% (9358,63ha), 16,43% (12999,8ha), 8,39% (10075,94ha), 39,81% (37329ha) e 16,14% (12480,73ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagem, segundo dados de 2020 (Lapig, 2022).
Referências:
  1. Lapig - Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento, 2022. Atlas Digital das Pastagens Brasileiras, dados de 2020. Municípios: Cachoeiras de Macacu (RJ), Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Macaé (RJ), Magé (RJ), Miguel Pereira (RJ), Nova Friburgo (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Silva Jardim (RJ) e Teresópolis (RJ). URL https://www.lapig.iesa.ufg.br/lapig/index.php/produtos/atlas-digital-das-pastagens-brasileiras (acesso em 14 de fevereiro de 2023).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 2.3.4 Scale Unknown/Unrecorded habitat,occurrence past,present,future regional medium
De acordo com o MapBiomas, os municípios Cachoeiras de Macacu (RJ), Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Macaé (RJ), Magé (RJ), Miguel Pereira (RJ), Nova Friburgo (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Silva Jardim (RJ) e Teresópolis (RJ) possuem, respectivamente, 23,89% (22804,5ha), 11,52% (5382,61ha), 22,51% (8069,66ha), 40,61% (49417,25ha), 11,99% (4686,93ha), 28,65% (8248,24ha), 10,08% (9432,54ha), 15,15% (7887,48ha), 15,08% (11933,75ha), 5,11% (6139,13ha), 38,05% (35680,32ha) e 15,36% (11880,88ha) de seus territórios convertidos em áreas de pastagens, segundo dados de 2020 (MapBiomas, 2022a). Em 2020, a espécie apresentava 15,92% (86.843,77 ha) da sua EOO convertidos em áreas de pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,05% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 1995 até 2020, a conversão tem diminuído a uma taxa de -0,12% aa. Em 2020, a espécie apresentava 5,30% (1.463,05 ha) da sua AOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,06% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2010 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 1,10% aa. Em 2020, a espécie apresentava 11,53% (62.888,32 ha) da sua EOO convertidos em áreas de mosaico de agricultura e pastagem, atividade que diminui a uma taxa de -0,28% aa desde 1985 até 2020. No entanto, desde 2008 até 2020, a conversão tem crescido a uma taxa de 0,53% aa (MapBiomas, 2022b).
Referências:
  1. MapBiomas, 2022a. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 2020. Municípios: Cachoeiras de Macacu (RJ), Duque de Caxias (RJ), Guapimirim (RJ), Macaé (RJ), Magé (RJ), Miguel Pereira (RJ), Nova Friburgo (RJ), Nova Iguaçu (RJ), Petrópolis (RJ), Rio de Janeiro (RJ), Silva Jardim (RJ) e Teresópolis (RJ). URL https://drive.google.com/file/d/1RT7J2jS6LKyISM49ctfRO31ynJZXX_TY/view?usp=sharing (acesso em 14 de fevereiro de 2023).
  2. MapBiomas, 2022b. Projeto MapBiomas - Coleção 6 da Série Anual de Mapas de Cobertura e Uso de Solo do Brasil, dados de 1985 e 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 14 de fevereiro de 2023).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 7.1.3 Trend Unknown/Unrecorded habitat,occurrence past,present,future regional low
Um total de 5,65% (12,5km²) da EOO útil da espécie queimaram em 2020 [Mosaico Agricultura e Pastagem (5,51%), Pastagem (0,08%), Campo Alagado e Área Pantanosa (0,03%), Afloramento Rochoso (0,02%), Floresta (0,01%)] (MapBiomas-Fogo, 2022).
Referências:
  1. MapBiomas-Fogo, 2022. Projeto MapBiomas - Coleção 1 do Mapeamento de cicatrizes de fogo no Brasil, dados de 2020. URL https://https://mapbiomas.org (acesso em 14 de fevereiro de 2023).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018).
Referências:
  1. Pougy, N., Martins, E., Verdi, M., Fernandez, E., Loyola, R., Silveira-Filho, T.B., Martinelli, G. (Orgs.), 2018. Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro. Secretaria de Estado do Ambiente-SEA: Andrea Jakobsson Estúdio, Rio de Janeiro. 80 p.
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio Macacu, Área de Proteção Ambiental da Bacia do Rio São João - Mico Leão, Área de Proteção Ambiental da Pedra Branca, Área de Proteção Ambiental de Gericinó/Mendanha, Área de Proteção Ambiental de Macaé de Cima, Área de Proteção Ambiental de Petrópolis, Área de Proteção Ambiental do Rio Guandu, Área de Proteção Ambiental Suruí, Parque Estadual da Serra da Tiririca, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Parque Nacional da Tijuca, Refúgio de Vida Silvestre da Serra da Estrela, Reserva Biológica de Poço das Antas e Reserva Biológica do Tinguá.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.